O Programa Telessaúde Brasil Redes, financiado pelo Ministério da Saúde, tem como principal objetivo ofertar serviços de telessaúde aos profissionais que atuam na rede de saúde pública do Brasil. A proposta do programa é integrar esses profissionais aos centros universitários de referência para melhorar a qualidade dos serviços prestados na atenção primária, diminuindo os custos da saúde por meio da qualificação profissional e na redução de deslocamentos desnecessários de pacientes. Em Pernambuco, esse programa é desenvolvido pela Rede de Núcleos de Telessaúde de Pernambuco (RedeNUTES), sediada no Hospital das Clínicas do Recife e coordenada pelo Núcleo de Telessaúde (NUTES) da Universidade Federal de Pernambuco UFPE.
Desde 2003, a RedeNUTES vem proporcionando a centenas de profissionais o acesso a serviços como tele-educação, que capacita permanentemente as equipes de saúde da família do estado, e teleassistência, que auxilia as equipes no diagnóstico de pacientes.
Todos os usuários, equipes de saúde e teleconsultores, profissionais que atendem às demandas recebidas, são previamente treinados e cadastrados para a utilização dos serviços. Na teleeducação, através de tecnologias como webconferência e streaming, são ofertados seminários, rodas de conversa e cursos de atualização e extensão, onde as mais variadas temáticas são abordadas por especialistas.
As equipes de saúde têm a possibilidade de sugerir temas para os seminários e cursos, e isso é uma das prioridades: manter as ações cada vez mais próximas da realidade desses profissionais.
Ao fim de cada sessão, os participantes tem a oportunidade de esclarecer dúvidas relacionadas ao tema abordado. Todas as sessões são gravadas, editadas e disponibilizadas para consulta por meio do Ambiente Virtual de Aprendizagem, outro recurso de teleeducação que oferece aos usuários o acesso 24 horas a um vasto acervo com conteúdo educativo como apresentações, cartilhas e vídeos.
Entre os principais desafios que permeiam a utilização dos serviços de telessaúde como um todo estão a baixa qualidade ou ausência de conexão à internet e a falta de informatização nas unidades de saúde, além da alta rotatividade dos profissionais da atenção primária e da gestão e a conscientização dos mesmos quanto à importância de introduzir a telessaúde no dia a dia da unidade de saúde.
Em suma, o ensino a distância através da utilização de novas tecnologias da informação e comunicação, possibilita a capacitação e atualização profissional e a melhoria na qualidade do cuidado inserido na prática das equipes de saúde da família. A teleeducação também contribui para a construção de uma rede colaborativa de comunicação, estabelece vínculos entre os participantes e a troca de experiências conforme a realidade local.
Assessoria de Comunicação do NUTES-UFPE