As santas casas e hospitais filantrópicos vêm sofrendo com o déficit da tabela SUS (Sistema único de Saúde). Em São Paulo, essas instituições representam 50% das internações realizadas por meio do SUS. Apesar de parte delas ter aperfeiçoado sua gestão ao longo dos anos, inclusive com a utilização de softwares hospitalares, o fator determinante para que funcionem bem, atualmente, ainda é o repasse feito pelo poder público.
Para tentar compensar essa falta de verba, o Governo de São Paulo repassou, no ano passado, a quantia de R$ 800 milhões para as santas casas e hospitais filantrópicos do estado. Esse valor é referente a um repasse extra, além do que as instituições recebem pelos serviços prestados como consultas, exames e internações de pacientes do sistema público.
Este valor é composto, em sua maioria, pelo montante advindo do programa Pró-Santas Casas. O seu objetivo é encaminhar aos hospitais valores fixos, mensalmente, como forma de compensar o déficit causado pela tabela de procedimentos do SUS.
Para fazer parte do programa, as instituições são analisadas segundo critérios como existência de mais de 30 leitos, prestação de atendimento regional relevante e situação regular junto a órgãos competentes. Do total recebido pelos hospitais, aproximadamente 70% são de recursos estaduais e 30% municipais.
Este ano, o setor beneficente de saúde do estado receberá um repasse extra de R$ 13 milhões. No total, serão beneficiadas 396 entidades que não fazem parte do programa Pró-Santas Casas.
A Wareline, empresa especializada no oferecimento de sistemas de gestão hospitalar, entende que o subfinanciamento é uma questão que deve ser resolvida o mais breve possível. Aproximadamente 60% dos clientes da empresa são do setor filantrópico e por isso a organização entende e apoia qualquer incentivo realizado ao segmento.