Desde 1º de setembro do ano passado, o padrão TISS (Troca de Informações em Saúde Suplementar), criado pela ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar) como modelo obrigatório para troca de mensagens eletrônicas na saúde, está em vigor na versão 3.02.
A determinação desta data final para que as instituições de saúde se adequassem ao padrão aconteceu após inúmeros adiamentos, que haviam sido motivados por entidades e cooperativas que pediam mais tempo à ANS para avaliar o impacto deste cenário e implantar a versão de maneira correta. Entretanto, mesmo após todas as datas postergadas, a avaliação de muitos especialistas do setor era de que o momento não parecia ideal. Segundo declaração dada na ocasião pelo diretor de relações institucionais da SBIS (Sociedade Brasileira de Informática em Saúde), Luis Gustavo Kiatake, ainda era preciso ter mais tempo para fazer testes práticos diante da falta de casos de sucesso da adoção da TISS. De acordo com ele, uma pesquisa realizada pela organização identificou que os fabricantes de software já tinham se adaptado aos novos padrões, mas os operadores e prestadores ainda se encontravam nesse processo. é o caso da Wareline, cujo software já está adequado às novas regras do Padrão TISS.
Passados 7 meses, a Sociedade Brasileira de Patologia Clínica/Medicina Laboratorial (SBPC/ML), uma sociedade de especialidade médica que atua na área de laboratórios clínicos, acaba de disponibilizar uma pesquisa de caráter anônimo justamente para avaliar a eficácia da implantação da nova versão da TISS e verificar se os convênios estão seguindo todas as exigências propostas pela ANS. Destinada para todos os laboratórios do Brasil, ela é composta por 17 questões que devem levantar informações que possibilitarão entender como está o mercado e ajudarão a SBPC/ML a mostrar à ANS a situação do relacionamento entre operadoras e prestadores de serviços laboratoriais, e se há a necessidade de providências para auxiliar as instituições a se adequarem.
Entre os principais questionamentos da pesquisa estão:
. Utilização do código e nomenclatura de exames que constam da TUSS (contida na versão TISS 3.02);
. Comunicação direta com o sistema de convênios a fim de verificar se os clientes podem realizar os exames solicitados;
. Percentual de convênios que exigem as faturas em papel;
. Exigências em relação ao arquivamento das guias impressas;
. Percentual de convênios que enviam seus demonstrativos de pagamentos no padrão TISS 3.02, com campos que descrevem Valores Pagos e Valores Glosados;
. Se laboratório recebe Demonstrativo de Pagamento com o número da Guia TISS, que foi enviado para as operadoras;
. Operadoras fazem exigência fora do padrão TISS.
Os laboratórios que tiverem interesse em participar da pesquisa podem acessá-la em: