O Ministério da Saúde e a ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar) assinaram um Acordo de Cooperação Técnica o Hospital Israelita Albert Einstein e o Institute for Healthcare Improvement (IHI) com o intuito de reduzir o número de cesáreas realizadas no país. Foi criado um projeto inicial para promover o parto normal e aumentar a qualidade dos serviços da saúde suplementar. A ação da ANS também abrange uma consulta pública sobre novas normas para o setor. O acordo entre as organizações foi assinado na última sexta, dia 24, em São Paulo.
Coordenado pela ANS, o acordo tem duração de três anos e possui uma metodologia criada pelo IHI, que possui os objetivos de melhorar a saúde de indivíduos e populações, melhorar a experiência e eficiência no cuidado com a saúde. Para o desenvolvimento das ações, profissionais e gestores do hospital trabalharão em conjunto com as equipes do instituto.
A implementação do projeto para incentivar o parto natural será implementado pelo Albert Einstein em fevereiro de 2015 e os resultados dessa experiência poderá ser mensurado no final de 2017. Depois disso, o modelo criado ficará disponível para a instituição de saúde que quiser adotá-lo.
O projeto inclui algumas ações que podem ser destacadas como a assistência ao parto por equipes compostas por médicos e enfermeiros obstetras, a utilização de recursos para alívio da dor, o estímulo à presença de acompanhante, entre outras.
A metodologia do IHI, que já foi aplicada no Brasil anteriormente, apresentou bons resultados. O percentual de partos normais passou de 20% para 55%. Outros indicadores também tiveram mudanças positivas: as admissões em UTI neonatal diminuíram de 155 para 46 em cada 1 mil nascidos vivos e, além disso houve aumento da remuneração dos profissionais em razão da redução do custo anual total.