Ministério da Saúde lança programa de atendimento médico domiciliar

Ministério da Saúde lança programa de atendimento médico domiciliar

Pacientes do Sistema único de Saúde (SUS) que não precisarem de internação  hospitalar poderão ser atendidos em casa, com médicos e equipamentos públicos,  em um novo programa do Ministério da Saúde, anunciado nesta terça-feira (8). O  “Melhor em Casa” foi apresentado no final da manhã em evento que contou com a  presença da presidente Dilma Rousseff. 
Segundo o ministro da Saúde Alexandre Padilha, os pacientes do programa  receberão um leito hospitalar e equipamentos médicos para serem usados em casa.  Quando esses equipamentos precisarem de energia elétrica, a residência terá  isenção total na tarifa de eletricidade necessária para eles, segundo o  ministro. E ressaltou que a ideia é ter nacionalmente um grande program de atenção domiciliar.
O projeto é voltado, por exemplo, para pacientes em pós-operatório, que podem  receber os cuidados médicos em casa.
O financiamento das equipes que vão atender nas casas será feito  integralmente pelo Ministério da Saúde. Até agora, 110 grupos de atendimento  auxiliar já estão treinados, segundo Padilha. As equipes estarão cadastradas no  Ministério da Saúde para que sejam monitoradas as atividades e a carga horária  dos profissionais envolvidos.

SOS  emergências
O governo também lançou outro programa,  o “SOS Emergências”, para a gestão hospitalar no atendimento a emergências em todo o país.
O investimento deverá ser de até R$ 3,6 milhões no projeto. Padilha afirma que o ministério vai continuar planejando as ações, mas pretende entrar em um campo para apoiar quem quer fazer mudanças.  ”Nós estamos escolhendo as maiores emergências do país, o espaço mais crítico do atendimento.”
O ministro citou a participação de instituições filantrópicas de excelência, que devem servir ao SUS, na capacitação das equipes em todo o país. “Trata-se do mapeamento das maiores emergências do país”, explica.
Entre o objetivos do projeto estão o acolhimento e a classificação de risco adequada dos pacientes que chegam aos centros médicos em estado de emergência, além da gestão de leitos e do fluxo de internações. Até 2014, todos os maiores pronto-socorros do país deverão ser inseridos no programa.
Tanto o programa Melhor em Casa como o SOS Emergências serão integrados a redes de atenção básica e de urgências já existentes no Brasil como o Saúde Toda Hora e Saúde Mais Perto de Você.
O ministro Padilha relembrou os feitos do programa Farmácia Popular. Segundo o ministro, o acesso de hipertensos a remédios contra a doença aumentou em até três vezes no país. Hoje, 70% dos municípios do programa Brasil sem Miséria já contam com o programa.
Presidente
Em discurso durante a cerimônia, a presidente Dilma Rousseff disse que os programas lançados representam “um novo padrão de qualidade, da recepção aos ambulatórios”, da rede pública de atendimento.
“[Os programas] não vão resolver da noite para o dia todos os problemas do atendimento medico, mas irão contribuir para dar tratamento mais digno e mais humano aos usuários da rede pública de saúde”, afirmou.
Segundo a presidente, o SOS Emergência é “um desafio e tanto”. Ela disse que o governo não concorda com o argumento de que investir em pronto-atendimento é como “enxugar gelo”.
“Vamos intervir de forma gradativa, porém decisiva onde muito governos evitam assumir responsabilidade direta: o atendimento público de emergencia, os pronto-socorros”, afirmou.
SUS
Dilma defendeu o Sistema único de Saúde (SUS), que, segundo afirmou, “tem muito, mas muito mesmo o que avançar” e disse que o Brasil tem condições de aprimorar o sistema.
De acordo com a presidente, o Brasil é o único país é o único no mundo com mais de 100 milhões de habitantes que possui um sistema nos moldes do SUS, capaz de oferecer 500 milhões de consultas médicas por ano, segundo números que apresentou.
“Sabemos muito bem da gigantesca tarefa que é fazer funcionar com qualidade e eficiência o modelo de gestão bastante significativo como é o SUS. Ele exige – como um sistema desse tipo mundialmente exige – elevados recursos humanos, financeiros e tecnológicos. Não por acaso, entre os países com mais de 100 milhões de habitantes, o Brasil é o único do mundo que assumiu o desafio de ter um sistema de saúde universal único, público e gratuito”, declarou.

Fonte: Saúde Web

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