Segundo o Ministério da Educação, a
Educação a Distância (EAD) é a modalidade educacional na qual alunos e professores estão separados, física ou temporalmente e, por isso, faz-se necessária a utilização de meios e tecnologias de informação e comunicação (TICs) para fazer a mediação. A legislação brasileira possibilita a oferta de cursos a distância de forma livre nos formatos de extensão. Contudo, para a oferta de cursos de graduação e pós-graduação existe a necessidade de credenciamento prévio da Instituição de Ensino Superior junto ao Ministério da Educação, que devem prever obrigatoriamente momentos presenciais, em especial as atividades de avaliação, realizados em polos de apoio presencial.
Atualmente, no Brasil, aproximadamente 1/5 dos alunos matriculados no Ensino Superior fazem cursos na modalidade EAD. Esse número tem crescido ano após ano e ainda existe um grande potencial de aumento. Uma tendência verificada é a oferta de cursos que combinem momentos presenciais com momentos à distância.
As corporações também tem utilizado a EAD como forma de treinamento e capacitação de seus colaboradores por meio de
ambientes interativos e e-learning, a aprendizagem baseada em conteúdos digitais utilizando a internet com atividades síncronas (como chats, videoconferências) ou assíncronas (como fóruns, wikis). Possibilita que experiências possam ser compartilhadas em diversos locais, analisadas sobre vários enfoques e reutilizadas em diversos contextos. Existem relatos da utilização de EAD nas mais diversas áreas, desde a formação de professores, licenciaturas, engenharias e tecnologias, área da saúde (por exemplo, com a utilização de laboratórios de referência em uma determinada especialidade em dado local do mundo sendo transmitidas em tempo real para outros locais, com possibilidade de interação com especialistas).
Com o crescente uso das redes sociais, como Facebook e Linkedin, várias experiências de EAD têm utilizado esses ambientes. Também é crescente a utilização da metodologia em equipamentos móveis (celulares, smartfones), a chamada m-learning. As possibilidades são infinitas – que venham as novas tecnologias e aplicações da EAD.
Anderson Luiz Barbosa
Doutorando em engenharia elétrica pela Universidade Estadual de Campinas, mestre em engenharia elétrica – Telemática e Telecomunicações – pela Universidade Estadual de Campinas, especialista em metodologia do ensino superior pelo UNISAL, bacharel em análise de sistemas pela PUC-Campinas e professor e diretor e operações do UNISAL Americana.
Texto publicado originalmente na revista Wareline Conecta – Edição 6 – Março/2014