A crise econômica internacional chega à Organização Mundial da Saúde (OMS) e em razão de contas atrasadas, a entidade se vê obrigada a adotar um pacote de austeridade que prevê o fim de programas para o combate de certas doenças, a demissão de quase mil funcionários, a inutilização de 2,5 mil impressoras e até a suspensão de voos em classe executiva. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo, veiculado nesta segunda-feira (21).
De acordo com o jornal, no final de 2012, o buraco nas contas da entidade bateu um recorde, com a falta de US$ 547 milhões (cerca de R$ 1 bilhão) para financiar seu orçamento de US$ 3,4 bilhões. Desde 2011, ocorreu um corte de 20% nos programas de combate a doenças crônicas e de 10% na autorização de investimentos para programas nacionais de tuberculose e de malária. Outros 25 programas da entidade tiveram redução de 13%, entre eles estão o de combate ao tabaco, doenças vasculares e saúde mental.
Ainda de acordo com o veículo, a entidade nos últimos anos, multiplicou seus programas. Mas, agora devido à crise, governos alegam não conseguir manter o financiamento à entidade, um debate que ganha força diante da necessidade de a OMS definir nos próximos meses seu orçamento até 2015.
Para a OMS funcionar é necessário uma contribuição obrigatória dos países que é definida com base no tamanho do PIB de cada um. Documentos obtidos pelo jornal O Estado de S. Paulo revelam que dezenas de países estão com pagamentos atrasados. No total, os governos estão devendo mais de US$ 100 milhões.
Fonte: Saúde Web