Não é exagero dizer que a qualidade no atendimento que o Hospital São Julião oferece é resultado da solidariedade e respeito à vida que seus colaboradores e corpo clínico têm desde a sua formação. Localizado em Campo Grande (MS), a instituição teve sua origem num programa do Governo Federal que, em 1941, instalou 36 asilos-colônia para isolar pacientes com hanseníase, doença que na época gerava medo e preconceito e acabava afastando seus portadores do convívio familiar. A partir de 1969, voluntários italianos da Operação Mato Grosso passaram a trabalhar no local e foram responsáveis pelo seu processo de recuperação física e social. Assim, foi formada uma associação com benfeitores para dirigir e manter as atividades do hospital.
74 anos depois de sua fundação, ele hoje conta com 89 leitos (nos próximos meses devem ser abertos mais 22) e é um centro de referência na América Latina para tratamento de hanseníase. Com uma moderna estrutura física e equipamentos de última geração que proporcionam o que há de mais atualizado na terapêutica, prevenção e reabilitação da hanseníase e outras alterações dermatológicas, o hospital atende grande demanda ambulatorial, com destaque para a área oftalmológica. Conta também com uma unidade científica que reúne atividades de pesquisa, extensão e eventos de caráter científico para atualização e capacitação de profissionais da área de saúde.
Dificuldades
Até o início do ano passado, a instituição utilizava um sistema próprio para setores de ambulatório, internação, centro cirúrgico, estoque e financeiro. Como seus módulos não eram integrados, havia muito retrabalho e possibilidades de erros de digitação. Outro agravante era que havia mais de um sistema sendo utilizado, como no caso do laboratório, onde era usado um software muito antigo, com plataformas ultrapassadas, que permitia pouca ou nenhuma alteração ou atualização. Portanto, o sistema antigo não atendia todos os processos do hospital, gerando assim uma imensa utilização de processos manuais – uma parte dos resultados era digitada em um sistema DOS e a outra era feita manualmente. Com a nova contratualização com convênios privados, a instituição via a necessidade de buscar no mercado um software de gestão hospitalar que atendesse as normas do SUS e ANS.
Implantação e Resultados
O São Julião optou por adquirir a solução da Wareline por entender que ela tinha um sistema com possibilidades de avanços e atualizações. “O software da empresa não apresenta uma estrutura fechada ou um banco de dados não proprietários. Seu custo também não é tão elevado, ou seja, estava compatível com a nossa realidade. Além disso, outro diferencial é que ela também tem um número de clientes respeitável e credibilidade no mercado”, explica Clayton Lopes, responsável pela TI do hospital.
Ele destacou que o intuito da contratação foi implantar um sistema que possibilitasse maior controle de todo os processos do hospital, permitindo que a administração e diretoria tivessem em mãos informações que dessem a noção do funcionamento real da instituição, para então se basear nesses dados para tomar decisões. “Assim seria possível manter o hospital sempre em crescimento e melhorar constantemente seu padrão de atendimento”, garante Lopes.
A integração dos módulos proporcionou agilidade e confiabilidade das informações e processos, possibilitando maior controle e velocidade nos acessos aos dados, bem como fornecendo estatísticas que antes não eram apresentadas integralmente. “A implantação do sistema ainda está sendo finalizada, mas a receptividade e o resultado observados por aqueles que já o utilizam são excelentes. A rotina dos departamentos está ficando mais ágil, pois a diminuição do retrabalho e maior acesso aos dados através da integrabilidade dos módulos permite esse avanço”, diz Lopes. Outro ponto que ele destaca é a diminuição de processos manuais, sua substituição pelo
processo eletrônico e, consequentemente, a diminuição do uso do papel. “Isso representa redução de custos, de descarte de lixo e também um maior cuidado com o meio ambiente”, ressalta. Edimar Marques Padovan, analista de suporte da Wareline, conta que os resultados da implantação foram imediatos nesse cliente. “O módulo SADT (Laboratório) foi o primeiro a ser implantado e logo de início trouxe melhorias consideráveis. O que antes era feito à caneta passou a ser inserido pelo sistema e acessado no meio online. Um dos resultados foi a diminuição nos problemas de interpretação na leitura destas informações, dados mais corretos e decisões mais acertadas”, ressalta. Para Padovan, outros benefícios do uso da solução foram gerenciamento de todos os processos e solicitações de exames, possibilidades de variadas configurações de laudos e resultados e disponibilização dos resultados no prontuário eletrônico do paciente.