A atuação do Brasil na luta contra a Aids é fundamental para o fortalecimento das ações em todo o mundo, avalia o diretor-executivo do Fundo Global para Aids, Malária e Tuberculose, Michel Kazatchkine. Em encontro com o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, em Genebra, no último domingo (15), Kazatchkine elogiou o modelo brasileiro de assistência aos soropositivos e destacou o papel brasileiro como referência internacional no desenvolvimento de políticas para o setor.
Segundo Kazatchkine, o Brasil tem desenvolvido políticas eficientes de distribuição de medicamentos e de atendimento humanizado aos pacientes diagnosticados com a doença que servem de modelo para outros países. “O Brasil tem três importantes eventos esportivos em sua agenda próxima – a Copa do Mundo, a Copa das Confederações e as Olimpíadas – e essa é uma oportunidade para o país dar mais visibilidade ao tratamento do soropositivo”, sugeriu Kazatchkine.
O ministro Alexandre Padilha, que está em Genebra participando da 64ª Assembléia Mundial da Saúde, se comprometeu em manter a prevenção e o combate à Aids entre as prioridades do setor no país. “A política brasileira é pioneira e referência no mundo por instituir assistência integral ao paciente. Vamos permanecer nessa linha de frente”, destacou.
COOPERAçãO INTERNACIONAL – A cada ano, o Brasil registra, em média, 35 mil casos de aids. O Sistema único de Saúde (SUS) oferece serviços de diagnóstico – incluindo o aconselhamento ante e após o teste -, atendimento médico e acesso gratuito aos medicamentos, além do financiamento de ações de vigilância e prevenção nos estados, com investimentos anuais de cerca de R$ 1,2 bilhão ao ano. Atualmente, 210 mil pessoas estão em tratamento na rede pública.
Dos 20 medicamentos oferecidos gratuitamente, 10 são produzidos no país como parte da política do governo federal de fortalecimento da indústria nacional. Com o conhecimento adquirido, o Brasil mantém cooperações internacionais no setor, principalmente com países do hemisfério Sul. Um dos destaques é a implantação de uma fábrica de antirretrovirais em Moçambique, na áfrica.
Outra referência importante são as campanhas anuais de prevenção da doença, geralmente lançadas durante o carnaval. Este ano, a campanha foi voltada a mulheres jovens, de 15 a 24 anos, com foco no estímulo ao uso do preservativo pelo parceiro. Uma das metas da mobilização era sensibilizar a geração que não conviveu com os primeiros anos da doença para a importância do sexo seguro.
Fonte: Ministério da Saúde