Conhecido por causar tremores e lentidão em seus portadores, o mal de Parkinson é uma doença de origem neurológica e degenerativa. Dados da Organização Mundial de Saúde (OMS) apontam que 1% da população mundial idosa possui a doença. No Brasil, ainda de acordo com o levantamento da OMS, esse número chega a 200 mil. Graças aos avanços tecnológicos e à evolução da própria Medicina, as pessoas que têm Parkinson, doença ainda sem cura, podem conviver melhor com o problema.
A neurologista Rosamaria Guimarães, presidente da Sociedade Mineira de Neurologia, diz que a qualidade de vida de quem tem o mal de Parkinson melhorou muito ao longo do tempo: “Apesar de ser uma doença degenerativa, a evolução é lenta. Este é um fator que propicia oportunidades para nós, médicos, realizarmos intervenções que aliviam os sintomas da doença nos pacientes”.
Entre os novos procedimentos que auxiliam os portadores do mal de Parkinson, está a utilização de um óculos que possui fones de ouvido integrados em suas alças. O acessório, fabricado em Israel, emite estímulos sonoros especialmente desenvolvidos para ativar neurônios adormecidos, ajudando quem tem a doença a se locomover melhor.
Outra inovação, que também vem sendo utilizada no combate ao Parkinson, é uma espécie de “marca-passo” para o cérebro. Assim como o aparelho utilizado no coração, em pacientes com insuficiência cardíaca, eletrodos são conectados ao cérebro para estimulá-lo, reduzindo a intensidade dos tremores.
Segundo a neurologista Rosamaria Guimarães, ambas as novidades utilizam um método conhecido como DBS, sigla para Deep Brain Stimulation (Estimulação Cerebral Profunda, em tradução livre do inglês). A especialista também explica que esses aparelhos, geralmente, são utilizados em casos mais graves da doença, ou em pacientes cujo organismo não reage satisfatoriamente aos remédios.
Mesmo com os avanços tecnológicos, a especialista ressalta que os medicamentos, aliados a tratamentos como fonoaudiologia, ainda permanecem como os recursos mais eficazes para aliviar os sintomas do mal de Parkinson.
Fonte: Encontro BH