De acordo com estudiosos, no futuro quase tudo estará conectado à internet, será inteligente e terá um tipo de consciência tecnológica que permitirá o acontecimento de coisas incríveis. Aparelhos eletrônicos se comunicarão entre si e otimizarão processos para garantir mais eficiência nas atividades, conforto e geração de informações. é a era da “
internet das coisas” ou “internet de tudo”.
Hoje, a tecnologia ainda depende da interação humana para obter informações. O problema é que as pessoas têm limitação de tempo, de atenção e de precisão para executar essa tarefa. Por isso, a solução é utilizar dispositivos que possam coletar informações por conta própria, sem intervenção humana. Afinal, a automação reduz o risco de erros e isso pode resultar no aumento da eficiência, diminuição dos custos e melhorias na qualidade, principalmente na área da saúde, em que o erro humano pode literalmente ser a diferença entre a vida e a morte.
Imagine ambulâncias se comunicando automaticamente com o hospital de destino para informar, com exatidão, o estado de saúde do paciente, enquanto a equipe médica já se prepara para a sua chegada. Isso é apenas um dos exemplos do que a “internet das coisas” poderá proporcionar no campo da saúde.
Atualmente, os avanços alcançados no desenvolvimento de sensores e a tecnologia de conectividade estão permitindo que os dispositivos coletem, registrem e analisem dados que não estavam acessíveis antes. Na saúde, isso significa ser capaz de coletar as informações do paciente ao longo do tempo e utilizá-las no cuidado preventivo.
Em nenhuma outra área a “internet das coisas” oferece maiores promessas do que na saúde, onde os seus princípios já estão sendo aplicados para melhorar o acesso aos cuidados, aumentar a qualidade do atendimento e, também, reduzir o seu custo.
Para que esse conceito de tecnologia aplicada à saúde seja utilizado de modo massivo, ainda precisamos evoluir muito, sobretudo no Brasil. é necessário lembrar que para que essa nova era seja realidade, a internet móvel deve ter bastante qualidade. Por aqui o sinal 3G é lento e o 4G, já utilizado em muitos países da Europa e da ásia, apenas começa a engatinhar. Recentemente se descobriu que a frequência utilizada pela TV digital no país é a mesma do 4G, o que pode causar interferências. Portanto, o caminho é longo. Mas é bom saber que a evolução tecnológica aponta caminhos positivos para o setor de saúde por aqui e pelo mundo afora.
Paula Usier, gerente de marketing da Wareline
Texto publicado originalmente na revista Wareline Conecta – Edição 7 – Julho/2014