Estudos apresentados no QualiHosp (congresso de qualidade em serviços de saúde) e que ajudaram o Ministério da Saúde a criar novas normas de segurança hospitalar que passam a valer a partir de 2014, apontaram que até 73% dos erros que acontecem dentro de hospitais brasileiros, como medicações trocadas ou operação de membros errados, poderiam ser evitados.
Pesquisas, feitas em dois hospitais públicos do Rio de Janeiro, encontraram uma incidência média de 8,4% de eventos adversos, semelhante aos índices internacionais. Em números absolutos, isso significa que, em 2008, dos 11,1 milhões de internados no SUS, 563 mil foram vítimas de erros evitáveis.
De acordo com Angela Maria da Paz, gerente da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), esses casos acontecem porque as instituições não seguem protocolos. Segundo ela, os eventos adversos são subnotificados e, em geral, só se tornam visíveis quando viram caso de polícia. “Existe a cultura do castigo, as pessoas escondem, têm medo. Enquanto que o erro deveria ser aproveitado como aprendizado”.
Um dos pontos da política, segundo ela, é uma negociação com o Ministério da Educação para que as faculdades de medicina coloquem em seus currículos o tema de segurança do paciente.
Outra ideia é disseminar essas informações ao paciente para que ele se torne atuante no processo, e não um mero espectador.
Fonte: SaúdeOnline