Para o usuário de um software, muitas vezes basta apenas fazer o login e começar a usar todas as funcionalidades disponíveis. Mas, por trás dessa simplicidade aparente, há toda uma arquitetura complexa que vale a pena conhecer, já que impacta diretamente na eficiência, segurança e escalabilidade do sistema.
A arquitetura de software refere-se à estrutura fundamental de um sistema de software, definindo como seus componentes e módulos interagem e são organizados. Ela é quem determina a robustez da tecnologia e sua capacidade de lidar com grandes volumes de dados e operações simultâneas.
Ela pode ser implementada de duas formas principais: on-premise (local) e SaaS (Software as a Service). Neste conteúdo, vamos explicar quais são as principais diferenças e vantagens para preparar sua unidade de saúde para um futuro cada vez mais próximo.
As informações são de Lucas Martinez (Infraestrutura e Cloud) e Raphael Castro D’Oliveira (Gerente Comercial), da Wareline, que falaram sobre o tema no 6º episódio do ConecteAqui!
No modelo on-premise, o software é instalado e executado em servidores locais, o que exige uma gestão minuciosa da infraestrutura física e da manutenção do software. Isso envolve desde regras de instalação, passando por atualizações, até a segurança do sistema.
Cada instalação exige uma infraestrutura física completa, como servidores, firewalls, VPNs (Virtual Private Network — é como um “túnel” de comunicação que protege os dados), nobreaks, sistemas de ar condicionado e outros equipamentos de suporte. Além disso, é necessário ter uma equipe local de analistas, técnicos e administradores para gerenciar a infraestrutura e o software.
Se um hospital com várias unidades adotar o modelo on-premise, por exemplo, cada unidade precisará de sua própria infraestrutura local e equipe técnica. Para integrar todas as unidades, será necessário configurar VPNs e firewalls para garantir uma comunicação segura entre a matriz e as filiais. Isso implica altos custos iniciais de instalação, manutenção contínua, e desafios na escalabilidade.
Já no modelo SaaS, o software é acessado via internet (em nuvem), eliminando a necessidade de uma infraestrutura local robusta. Com SaaS, basta um dispositivo com acesso à internet para utilizar o sistema, independentemente da localização.
Por exemplo, se um hospital quiser expandir suas operações e abrir novas unidades, com SaaS não há necessidade de replicar a infraestrutura em cada nova unidade. Um usuário em qualquer unidade pode acessar o sistema centralizado com facilidade.
Isso reduz a necessidade de servidores locais, firewalls e VPNs, bem como a quantidade de pessoal técnico local necessário. Em vez disso, a equipe pode ser centralizada, reduzindo custos operacionais e facilitando a gestão.
Como dissemos, com SaaS os usuários podem acessar o sistema de qualquer lugar do Brasil com uma conexão à internet, diretamente de um notebook ou celular, sem a necessidade de VPNs ou plugins adicionais. Basta digitar o endereço, fazer login e começar a usar. Claro, tudo isso é suportado por uma arquitetura de segurança robusta, projetada para garantir que o acesso seja seguro para o usuário final.
Isso é particularmente útil para instituições que têm múltiplas unidades ou que planejam expandir suas operações, já que facilita a gestão centralizada e o acesso remoto. Mas também é uma grande vantagem considerando a aderência dos usuários. Se um enfermeiro ou médico, por exemplo, precisar toda hora abrir um plugin e uma VPN, isso certamente irá impactar na sua aderência ao sistema.
As atualizações e a manutenção do software são gerenciadas pelo provedor do serviço SaaS. Com isso, o sistema está sempre atualizado com as últimas funcionalidades e correções de segurança, sem necessidade de intervenção da equipe local.
No modelo SaaS, é muito mais fácil e rápido escalar o sistema para novos usuários. Por exemplo, se um hospital crescer e precisar adicionar 50 novos colaboradores, isso pode ser feito em questão de minutos, simplesmente ajustando a capacidade do serviço SaaS. Não há necessidade de comprar novos servidores, esperar sua entrega e instalação.
O SaaS apresenta vantagens significativas em termos de latência, que é o tempo de resposta do servidor. Em ambientes on-premise, a presença de muitos plugins e barramentos pode tornar o sistema mais lento e menos responsivo.
Muitas pessoas acreditam que o SaaS é um modelo mais caro, o que não é real, já que elimina a necessidade de altos investimentos iniciais em infraestrutura física e reduz os custos contínuos de manutenção. Não é necessário investir em equipamentos como nobreaks, sistemas de ar condicionado ou em uma equipe técnica extensa em cada unidade.
O mesmo não podemos dizer do on-premise, que exige envolver um conjunto de pessoas e de equipamentos que vão demandar investimento e tempo. Além disso, com esse modelo é preciso considerar a possibilidade de paradas de manutenção — muitas vezes não programadas, intermitentes e em horário extraordinário — e ainda correr o risco de não dimensionar a máquina para o crescimento do hospital.
No modelo SaaS, máquinas “espelhadas” podem subir em questão de segundos para que não haja paradas.
A praticidade, escalabilidade e menor custo operacional tornam o SaaS uma escolha inteligente e até mesmo mais econômica para instituições de saúde.
Embora o acesso a um serviço SaaS pareça simples do ponto de vista do usuário, há uma infraestrutura complexa e uma arquitetura robusta nos bastidores para garantir a operação contínua e segura.
Estamos falando em serviços de segurança, como firewalls e monitoramento constante para prevenir e responder a ameaças, e em backups e contingência para garantir que os dados e serviços estejam sempre disponíveis.
Além disso, também se usa mecanismos de redundância e monitoramento em tempo real para manter a estabilidade e o desempenho do serviço. Para que uma aplicação SaaS funcione corretamente, alguns requisitos de infraestrutura devem ser atendidos. Entre eles:
A migração de uma estrutura on-premise para SaaS envolve várias etapas. A primeira é entender o ambiente atual do hospital, incluindo número de usuários e volume de dados. Depois, vem o planejamento da arquitetura que suportará a nova solução SaaS, garantindo contingência para falhas.
Por fim, está o mapeamento e migração de dados para a nova infraestrutura SaaS. Para que essa migração aconteça da melhor forma possível, é importante buscar parceiros com experiência de mercado, que ofereçam suporte contínuo e sigam as melhores práticas de segurança e governança. É o caso da Wareline!
Na Wareline, temos uma parceria com a Amazon Web Services (AWS) para entregar nossos serviços em nuvem. Como parceiros select da AWS, passamos por rigorosas avaliações que envolvem critérios de segurança, governança e melhores práticas para assegurar que nossa aplicação SaaS opere de forma eficiente e segura.
Trabalhamos junto com a AWS para entender as necessidades específicas das instituições de saúde e desenvolver um projeto robusto. Passamos por uma auditoria completa chamada FTR (Foundational Technical Review), o que nos permitiu alcançar o mais alto nível de parceria com a AWS. Isso garante que temos suporte contínuo para auditorias, análises em tempo real e orientações para mantermos a segurança e eficiência de nossa plataforma.
A colaboração com a AWS nos permite oferecer tecnologias móveis e processos avançados que estão revolucionando a gestão hospitalar. Com a descentralização dos dados hospitalares, nossos clientes podem expandir suas operações e abrir novas unidades com facilidade, utilizando uma plataforma SaaS.
Se você busca escalabilidade, menor necessidade de infraestrutura local e redução de custos a longo prazo, fale conosco! Com uma infraestrutura bem planejada e parceiros competentes, é possível transformar e expandir os serviços com facilidade e segurança.