A gestão de custos hospitalares sempre foi um dos maiores desafios para os gestores. Afinal, é preciso elencar e equilibrar custos fixos e variáveis, os que estão ligados diretamente ao atendimento do paciente e aqueles atrelados indiretamente ao serviço. E se a gestão do custo hospitalar já era complexa, imagine em um cenário volátil e incerto como o da pandemia da Covid-19, que exige nova dinâmica dos gestores para vencer desafios até então imprevistos e inimagináveis.
De uma maneira geral, especialistas que analisam o cenário econômico e financeiro de diversas empresas usam a expressão “sentar na caixa” para este período de incertezas. Ou seja, evitar ao máximo gastos — por um período quase indeterminado. Mas a consideração é válida também para a área da saúde?
O líder da vertical financeira da Wareline, Alexon Daniel Siqueira, diz que é indispensável pensar em gestão mais eficiente e racional, sim, na área da saúde. Neste momento em que o cenário econômico passa por grande transformação e que todas as pessoas e empresas serão afetadas, está no gasto inteligente a saída para a escassez de recursos, ainda mais levando em consideração o fato de que a saúde no Brasil nunca “nadou em mar de dinheiro”.
E quando se fala em um novo cenário, é possível elencar uma complexa tríade que atua sobre a gestão do custo hospitalar no período de pandemia:
1) Aumento dos preços com insumos e serviços utilizados pelos hospitais, sejam eles públicos ou privados;
2) Captação de recursos prejudicada pelo baixo faturamento que ocorre por conta da suspensão de atividades eletivas e também por causa do Decreto-Lei nº 13.992, que permitiu a cobrança pela média do faturamento, de forma linear, sem acompanhar a alta dos valores dos suprimentos no mercado;
3) Crescimento real no consumo dos produtos como álcool, gases medicinais, entre outros.
Com o consumo aumentando, os preços altos e o faturamento caindo, uma previsão da capacidade econômica da empresa faz-se cada vez mais necessária. É preciso diminuir desperdícios com controle de custo mais efetivo, para que os recursos possam ser aproveitados de forma mais assertiva à assistência e ao cuidado do paciente.
Como a tecnologia contribui para a gestão de custo hospitalar
A tecnologia da informação (TI) aparece como principal aliada ao disponibilizar ferramentas de gestão integradas para controlar e/ou organizar os processos hospitalares, gerando dados confiáveis que dão embasamento para decisões mais assertivas. Em outras palavras, a tecnologia dá suporte para manter o planejamento em dia, para controlar melhor os custos e eliminar desperdícios, para monitorar estoque hospitalar e fazer uma correta gestão de fluxo de caixa.
“Um sistema de gestão é crucial para as tomadas de decisões. Isso antes mesmo da pandemia da Covid-19, mas agora ainda mais, já que as decisões precisam ocorrer em menor espaço de tempo”, reforça Alexon Siqueira. Para o líder da vertical Financeira da Wareline, um bom sistema é aquele que passa por melhorias contínuas para se adequar às novas e melhores práticas do mercado, que garante a qualidade da informação e as disponibiliza em tempo hábil.
“Quando um gestor quer saber quantos pacientes estão no hospital com um determinado diagnóstico ou qual será a demanda de um determinado medicamento por causa do aumento de casos de uma enfermidade, por exemplo, ele precisa encontrar essas informações no sistema de gestão de forma ágil e intuitiva. É assim que ele poderá utilizar a informação de maneira mais estratégica”, diz.
Há 7 problemas que mostram que já é hora de investir em um sistema de gestão hospitalar:
Também há 5 requisitos do sistema de gestão para atender hospitais com eficiência, um deles sendo a gestão de custo hospitalar.
Indicadores hospitalares para melhor gestão de custos
Há muitos indicadores disponíveis para apoiar as decisões de um administrador na gestão de custos. E a necessidade, especialidade e porte do hospital devem ser levados em consideração na hora de eleger quais são os mais importantes.
Alexon cita três deles, primordiais para todas as instituições de saúde:
- Custo da diária
É com este indicador que o hospital consegue analisar o montante gasto em um único dia — ou em determinado período de tempo. É um aliado para a gestão de custos, junto a indicadores como rentabilidades e faturamento x recebimento.
- Taxa de rotatividade
Este indicador mede o tempo de atendimento de um paciente desde a sua chegada à instituição até a sua saída, seja por transferência, alta ou óbito. Com ele é possível descobrir quanto tempo os pacientes ficam nos hospitais por departamentos.
- Internação hospitalar
Com ele é possível mensurar a quantidade de pacientes internados, os motivos de sua internação e o tempo médio de permanência – bem como a previsão de alta.
O que esperar no pós-pandemia
As instituições de saúde que já faziam uso da tecnologia antes da Covid-19 certamente conseguiram se sobressair perante as demais neste momento crítico. “Basta observar as mudanças no mercado em decorrência da pandemia, como a telemedicina, que irá refletir no pós-pandemia e mudar a relação médico-paciente. Quem já estava orientado para o universo digital certamente colocou o atendimento em prática de maneira mais ágil e eficaz”, afirma Alexon.
Portanto, a adoção da tecnologia nos dias atuais — independentemente da pandemia — já era imprescindível. Mas será questão de sobrevivência para o período pós-pandemia. “Todos os ramos de atividade, em algum momento recente, se depararam com a inovação tecnológica, e não há como haver resistência. Temos apenas que nos adaptar à nova realidade. E a pandemia veio para acelerar este movimento que, a meu ver, é natural”, diz Alexon.
E para o líder da vertical financeira da Wareline, a palavra-chave da gestão de custos no pós-pandemia é eficiência. E isso está intimamente ligado à área financeira hospitalar e à correta gestão de custos hospitalares. Alguém duvida disso? Saiba como a Wareline pode te auxiliar para a gestão de custos da sua instituição no pós-pandemia!