Um grande celeiro de tecnologia

Um grande celeiro de tecnologia

Quatro cidades da região de Campinas estão entre os 15 municípios paulistas com maior concentração de empresas e contratação de mão de obra nas áreas de software, serviços de tecnologia da informação e telecomunicações.
Estudo divulgado ontem pela Fundação Seade aponta que a região de Campinas é a segunda no Estado de São Paulo em quantidade de empresas e na geração de empregos – a primeira é a Região Metropolitana de São Paulo (RMSP). O instituto avaliou dados entre os anos de 2008 a 2012.
O estudo apontou que São Paulo é o maior produtor de tecnologia do País. Em 2012, os 15 municípios destacados na avaliação respondiam por 87% das pessoas ocupadas no setor e 70% das empresas instaladas no Estado.
O setor empregava 249 mil pessoas e tinha 9.500 empresas em 2012. Boa parte dos empreendimentos é de pequeno e médio porte. A Capital e sua região metropolitana é o principal polo – e um dos fatores que a colocam nessa posição é a oferta de todos os serviços necessários para o funcionamento de uma empresa.
De acordo com o estudo, os dois segmentos que apresentaram maior crescimento no número de postos de trabalho entre 2008 e 2012 foram o de desenvolvimento de programas de computador sob encomenda, que passou de 46,6% para 62,1%; e a consultoria em tecnologia da informação, que aumentou de 44,8% para 54,6%. No Estado, o subgrupo de software se sobressai sendo responsável por 40%¨dos empregos gerados.
A responsável pelo estudo da Fundação Sebrae, Alda Regina Ferreira Araújo, afirmou que São Paulo respondia em 2012 por 53% do setor de tecnologia no País.
“Utilizamos como um dos parâmetros da análise a geração de empregos no setor. Dessa forma, definimos que o potencial em cada cidade paulista teria como um dos pilares o percentual de empregos gerados no setor em relação ao total da cidade. O mínimo era 0,5%. Campinas, há muitas décadas, é uma referência na área de informática, tecnologia da informação e telecomunicações”, comentou.
Ela salientou que a antiga Telebras (hoje CPqD) e as universidades impulsionaram a criação do polo de alta tecnologia na região.
“No estudo, verificamos que Campinas já possuía uma posição de destaque nesse setor e a região ampliou o espaço dentro do total do Estado entre 2008 e 2012. São Paulo vem se especializando na customização dos softwares e soluções. Campinas é uma região que possui um leque grande de produtos, serviços e soluções”, ressaltou.
A especialista citou que no estudo também foi avaliado a formação de profissionais. “Houve um aumento de vagas e também de cursos especializados”, afirmou.
Mercado
O coordenador-executivo do Núcleo Softex, Edvar Pera Júnior, comentou que houve um crescimento do número de empresas no polo tecnológico de Campinas e do faturamento entre 2008 e 2012.
“No período, o quadro econômico foi bastante favorável à ampliação do setor”, disse. Ele salientou que o fato de a região ter centros de tecnologia e universidades a transforma em um polo de formação de mão de obra. “Ainda assim, é necessário ampliar a formação de bons profissionais para o mercado”,disse.
A gerente de Marketing da Wareline, Paula Almeida Usier, afirmou que o aumento do número de empresas na região elevou a concorrência pelos bons talentos.
“Cada dia é mais difícil contratar na região de Campinas. A plataforma salarial têm patamares elevados”, comentou. A Wareline é especializada no desenvolvimento de produtos e serviços para a área hospitalar. “Temos 80 funcionários e dobramos de tamanho nos últimos cinco anos”, apontou.
O diretor-executivo da ícaro Technologies, Kleber Stroeh, afirmou que Campinas é hoje um polo tecnológico maduro para os padrões brasileiros. “O polo foi formado desde a década de 1970 e conta com um ecossistema razoavelmente completo. Temos grandes empresas, universidades, mão de obra qualificada e estamos próximos a grandes centros consumidores de tecnologia como São Paulo e Rio de Janeiro”, salientou.
Para ele, o fortalecimento dos mecanismos para captação de recursos que serão empregados em novas empresas é importante para ampliar o potencial da região.
O diretor-executivo da Matera Systems, Carlos André Branco Guimarães, ressaltou que a formatação do ecossistema com vários elos da cadeia de produção e desenvolvimento do setor de tecnologia é um diferencial da região.
“Há empresas, universidades, centros de pesquisa, incubadoras e colégios técnicos. Também existe uma interação
entre poder público e o setor empresarial. O ecossistema é relevante para a ampliação do setor”, afirmou. Porém, Guimarães também mostrou preocupação com os custos e com a necessidade de formação de mão de obra.
Fonte: Jornal Correio Popular

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