A presidenta da República, Dilma Rousseff, fez a abertura da conferência de alto nível da Organização das Nações Unidas (ONU), que ocorreu em Nova York (EUA), nos dias 19 e 20 de setembro. Em seu discurso inaugural, acompanhado por autoridades e chefes de estado de 193 países, a presidenta destacou a necessidade de enfrentamento – prevenção e controle – das doenças crônicas não transmissíveis (DCNT). Pela terceira vez, a Assembleia da ONU inclui temas de saúde em suas reuniões de alto nível. Os destaques anteriores foram a poliomielite e a luta contra o HIV/Aids.
As doenças crônicas não transmissíveis representam, atualmente, a principal causa de morte no mundo, correspondendo a 63% dos óbitos em 2008. Aproximadamente 80% dessas mortes ocorrem em países de baixa e média renda; um terço delas em pessoas com menos de 60 anos de idade. “O êxito obtido, nas reuniões anteriores, é um estímulo para o avanço de uma agenda global da saúde. O Brasil está elaborando novas políticas públicas para atender as pessoas que sofrem de doenças como hipertensão, diabetes, câncer e doenças respiratórias”, destacou a presidenta. Segundo Dilma Rousseff, a incidência desproporcional destas doenças, entre os mais pobres, demonstra a necessidade de resposta integral ao problema. “é fundamental que haja coordenação entre as políticas de saúde e outras políticas destinadas a lidar com os determinantes sócio-econômicos destas enfermidades”, ressalta.
Avanços
Em seu discurso, a presidenta destacou que o Brasil defende o acesso aos medicamentos como parte do direito humano à saúde. Dilma Rousseff lembrou que uma das primeiras medidas do seu governo foi aumentar o acesso a medicamentos para os pacientes hipertensos e diabéticos no Sistema único de Saúde (SUS). “Nesses sete primeiros meses do meu governo, esta ação já chegou a 5,4 milhões de brasileiros, aumentando em três vezes o número de beneficiados”. O programa “Saúde não tem Preço” distribui medicamentos de graça para hipertensão e diabetes por meio de uma parceria com mais de 20 mil farmácias públicas e privadas.
Para a presidenta, a defesa pelo acesso a medicamentos e a promoção e prevenção à saúde devem caminhar juntas. “é por isso que vamos intensificar o combate aos fatores de risco com maior influência no aparecimento dessas doenças: o tabagismo, o consumo abusivo de álcool, a inatividade física e a alimentação não-saudável”.
Fonte: Hospitalar.com