Reprovação entre recém-formados no exame do Cremesp beira os 60%

Reprovação entre recém-formados no exame do Cremesp beira os 60%

Os médicos recém-formados, geralmente mais jovens, mostram mais facilidade ao usar as tecnologias médicas, inclusive os sistemas de gestão hospitalar. No entanto, o resultado da prova do Cremesp mostra que ainda falta conhecimento da medicina, em razão do alto índice de reprovados. Veja mais abaixo:

Dos 2.843 recém-formados em escolas médicas do estado de São Paulo que participaram do Exame do Cremesp em 2013, um total de 1.684 – ou 59,2% – não atingiu a nota mínima, ou seja, acertaram menos de 60% da prova. Os resultados foram apresentados pelo Conselho na quarta-feira (22).

No total, 3.328 recém-graduados de Medicina fizeram a prova. Do conjunto, 485 vieram de 78 instituições de ensino de outros estados. Os demais 2.843 formaram-se nas 30 escolas paulistas que já têm turmas graduadas.

Entre os participantes das escolas paulistas, a reprovação foi maior entre os egressos de instituições de ensino privadas: 71,0% foram reprovados. Já entre os participantes formados em escolas médicas públicas, 33,9% foram reprovados.

Com abstenção de 2,8%, o número de participantes em 2013 é o maior ao longo dos nove anos da aplicação do exame. O percentual de reprovados ficou 4,7 pontos acima de 2012. No ano anterior, foram 2.411 participantes, com 54,5% de reprovação.

A prova foi aplicada no dia 3 de novembro de 2013 em nove cidades paulistas, além da capital. é o segundo exame realizado depois que se tornou obrigatório para quem deseja inscrever-se no Conselho Regional de Medicina de São Paulo (CRM) e atuar no estado. O registro entretanto não depende do desempenho ou da aprovação nas provas.

Prova

O exame do Cremesp dividiu as perguntas em níveis de dificuldade: “fácil” para 33% das questões e “médio” para 37,5% delas. O índice de discriminação foi classificado como “muito bom” para 41,1% das perguntas e “bom” para 32,1%. O índice de facilidade equivale à proporção de questões corretas dadas pelo conjunto de egressos em cada pergunta. Já o índice de discriminação corresponde ao poder da questão em separar os candidatos que sabem daqueles que não sabem.

Segundo o presidente do Cremesp, João Ladislau Rosa, o exame do Cremesp não pode ser considerada difícil, mas é muito semelhante ao Revalida, realizado pelo Ministério da Educação, e que também apresenta alto índice de reprovação. “Chegamos à conclusão, então, que existem problemas tanto na formação do médico no exterior como no Brasil”, afirmou, ao dizer que o objetivo da entidade é divulgar os resultados para discutir a qualidade das escolas brasileiras e implantar um exame nacional obrigatório que habilite o exercício da Medicina no País.

A íntegra dos resultados pode ser vista (em pdf) no endereço cremesp.org.br.

Fonte: Saúde Web

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