Seu primeiro cargo na santa casa acumulava as funções de auxiliar de escritório e recepcionista. Neste posto, aprendeu muito sobre todas as rotinas burocráticas da instituição hospitalar, que era realizada por apenas seis funcionários. Os anos se passaram e Carvalho passou a auxiliar nos serviços da farmácia. Com a evolução da demanda houve a necessidade de se ter um almoxarifado e um departamento de compras, assim ele passou a exercer a função de encarregado.
Durante esse período cursou a faculdade de Ciências Econômicas e outros cursos voltados à
gestão hospitalar. Diante da aposentadoria do administrador da época, foi convidado pela diretoria para assumir essa grande responsabilidade. Reconheceram seu histórico e dedicação pela entidade e ele aceitou o desafio. Em 1986, começou a fazer especialização em Administração Hospitalar, curso administrado em Campinas pela Faculdade São Camilo.
“Esse foi o meu maior desafio, pois era uma época turbulenta. Com humildade, aprendendo e seguindo os conselhos da diretoria – principalmente do provedor Sr. Benedito Darcadia – segui em frente para enfrentar os problemas diários do hospital, sempre com harmonia e respeito pela diretoria, corpo clínico e funcionários”, conta.
O tempo passou e Carvalho provou sua competência diante da difícil tarefa de administrar uma instituição de saúde. Como a grande maioria das santas casas, a de Mogi Guaçu também passava por uma situação financeira difícil, mas Carvalho, juntamente com a diretoria, conseguiu tirar a entidade a crise. Nesse período, o hospital tomou um novo rumo e já contava com 186 leitos, novos pavimentos e instalações e se preparava para o atendimento de média e alta complexidade. Como nunca parou de buscar conhecimento, em 2010 fez MBA em Auditoria e Administração Hospitalar, em busca de aprimorar ainda mais seu trabalho.
Sua rotina na instituição começa cedo, às 7h30 da manhã e o expediente se estende até às 18 horas. Sua principal função é acompanhar todos os processos que envolvem a administração da instituição, além de discutir com a diretoria os problemas da entidade para que a solução seja encontrada em parceria com o poder público ou privado.
O profissional acredita na
tecnologia e acha que ela tem um papel fundamental na administração das entidades de saúde, mas lembra que a humanização no atendimento é algo essencial. “Esse fator é o complemento de tudo. é preciso ter olho no olho, atendendo o público externo, interno e seus colegas da maneira que você gostaria de ser tratado ou que tratassem um ente querido de sua família, com profissionalismo, rapidez e valorização humana”, finaliza.