O número de pacientes em todo o mundo que utilizam os serviços de telessaúde passará de menos de 350 mil em 2013 para cerca de sete milhões em 2018, de acordo com um novo relatório publicado pela IHS Tecnologia.
Além disso, o relatório estima que a receita de serviços de telessaúde vai aumentar dez vezes, passando de U$ 440,6 milhões em 2013 para U$ 4,5 bilhões em 2018. Os autores do relatório apontam a introdução de centros de saúde móvel e o crescimento da tecnologia vestível como os responsáveis por esse crescimento.
“Em meio a crescentes despesas, o envelhecimento da população e o aumento de doenças crônicas, o setor de saúde deve mudar a forma como funciona”, diz em comunicado Roeen Roashan, um analista de dispositivos médicos e de saúde digital no IHS. “Telessaúde representa uma solução atraente para esses desafios, aumentando a qualidade do atendimento, reduzindo as despesas totais de saúde.”
Um relatório publicado no mês passado pela Research and Markets estimou que o mercado global de Telemedicina terá uma taxa de crescimento anual de 18,5% até 2018.
Uma lei apresentada ao Congresso americano em dezembro procura estabelecer uma definição Federal de Telessaúde e esclarecer a confusão de inúmeras políticas estatais. O projeto de lei, de acordo com os deputados Doris Matsui (Democrata-Califórnia) e Bill Johnson (Republicano-Ohio), se baseia em uma legislação aprovada anteriormente na Califórnia.
No final de novembro, os Centros de Serviços Medicare e Medicaid anunciaram mudanças para 2014 na tabela de honorários médicos da Medicare, para expandir gradualmente a cobertura para serviços de telessaúde. O reembolso tem sido uma barreira principal para o uso generalizado de telessaúde.
Em um comentário recente, um estudante de medicina de Stanford, Akhilesh Pathipati, escreveu que a telemedicina é “natural” para a próxima geração de médicos. “Os alunos que estão na educação médica começaram a usar smartphones e Skype no colégio”, disse Pathipati. “O mesmo pode ser dito de muitos pacientes. Telemedicina pode traduzir a familiaridade com a tecnologia de comunicações em uma relação médico-paciente mais significativa.”
Artigo de Dan Bowman, publicado originalmente em FierceHealthIT