O valor de R$ 1,2 mil foi acréscimo de preço que sofreu a
internação de um beneficiário de
plano de saúde coletivo de 2012 para 2013. No ano passado, o valor médio de uma internação, considerando as despesas assistenciais para as operadoras, foi de R$ 6,7 mil. Já em 2012, esse valor era de R$ 5,5 mil. O reajuste representa um gasto 23,1% maior para as operadoras. Esses dados fazem parte de um levantamento divulgado pelo Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS), que teve como base as informações atualizadas pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). Os números fazem parte da Nota de Acompanhamento do Caderno de Informações da Saúde Suplementar (Naciss).
O levantamento também levou em consideração os planos de saúde individuais. Neste segmento, o gasto médio foi ainda maior, de R$ 7 mil, o que representa um reajuste de 30,8% na comparação entre 2013 e o ano anterior. O preço médio das internações, levando em consideração os planos individuais e coletivos, foi de R$ 6,8 mil em 2013, resultado de um acréscimo de 23,8% na comparação com 2012.
De acordo com o superintendente executivo do IESS, Luiz Augusto Carneiro, é preciso que o mercado acompanhe de perto o aumento das despesas de internação. Somente em 2012, o gasto com esse item representou 40,8% dos custos assistenciais do setor.
Segundo a série histórica da Naciss, desde o primeiro trimestre de 2013 a despesa per capta das operadoras com cada beneficiário de plano de saúde cresceu 230,5%, passando de R$ 46,30 para R$ 153 no primeiro trimestre de 2014. No mesmo período, o gasto médio do beneficiário com mensalidade de planos de saúde avançou 214,3%, saltando de R$ 60 para R$ 188,60. A diferença entre essas duas equações é de 16,1 pontos percentuais.
Considerando apenas as despesas assistenciais, ou seja, os gastos das operadoras com serviços utilizados por seus clientes, as empresas gastaram R$ 23,2 bilhões, o que representa 14,5% a mais do que no mesmo período de 2013. Por outro lado, as operadoras receberam R$ 28,6 bilhões no primeiro trimestre de 2014, 13,4% a mais do que no primeiro trimestre do ano anterior.