Uma pesquisa divulgada pela IEDI sobre a importância da inovação para as empresas brasileiras aponta que, gradativamente, vai ficando para trás a concepção de que a inovação não é da cultura empresarial brasileira. Para a Wareline, empresa especializada no desenvolvimento de sistemas de gestão hospitalar, para a área da saúde o investimento em inovação é fundamental. “Com a tecnologia, as instituições têm acesso fácil e rápido às informações, redução dos custos operacionais, além da integridade de seus dados, garantindo a qualidade dos serviços prestados e segurança aos pacientes”, afirma Paula Usier, gerente de Marketing da Wareline.
Leia a matéria do
Saúde Web sobre a pesquisa do IEDI na íntegra:
Uma pesquisa que está sendo divulgada na Carta IEDI sobre a importância da inovação para as empresas brasileiras ouviu 40 corporações (30 nacionais e dez internacionais). A pesquisa sugere que gradativamente vai ficando para trás a concepção de que a inovação não é da “cultura” empresarial brasileira. Deste baixo engajamento resultaria um diminuto investimento das empresas em inovação e, consequentemente, uma fraca posição brasileira em termos internacionais, fator para uma produtividade deficiente e um distanciamento da competitividade do Brasil com relação a outros países. Que a nossa empresa deixa a desejar como produtora de inovações e que isso enfraquece sua capacidade de concorrência em mercados externos e também no interno, não há dúvida.
Mas, alguma coisa parece estar mudando na dimensão atribuída à inovação pelas empresas. Para 58% delas a inovação tecnológica na atualidade já é decisiva para a sua estratégia de mercado e para outras 42% aparece como relevante. Nenhuma empresa considera a tecnologia como pouco relevante ou irrelevante. Ainda mais indicativo de mudança é a percepção das empresas em um horizonte de dez anos à frente: 80% tomam a tecnologia como decisiva para sua estratégia de mercado e 20% consideram relevante. Devido a isso, as empresas pretendem ampliar em muito sua liderança tecnológica em alguma área de sua atuação. Se atualmente 43% das empresas já se declaram líderes em algum setor em que atuam, em dez anos projetam um índice muito maior: 73%.
Tudo isso é muito positivo e abre boas perspectivas em torno de um tema tão central para o desenvolvimento brasileiro. Mas o levantamento também mostra que ainda persistem fatores que não contribuem para a inovação. As empresas identificam motivações para inovar principalmente no atendimento de necessidades dos consumidores, na busca de ampliação de receitas, no aumento da produtividade e para a redução de custos. A importância desses itens é alta para 70% a 75% das empresas. Porém, é baixa a relevância atribuída à exportação e à internacionalização como motores da inovação. Somente 20% das empresas consideram alta a importância do objetivo de ampliar oportunidades de exportação como indutor da inovação e apenas 33% vêem na internacionalização da empresa um fator destacado para o investimento inovador.
Mais do que a falta de cultura, a baixa inserção externa da empresa brasileira responde pelo seu tradicional atraso. Outros países que hoje desfrutam de maior desenvolvimento tecnológico e mais rápido aumento de produtividade incentivaram intensamente a exportação e a internacionalização de suas empresas como indutores do progresso técnico. Isto porque a concorrência em mercados do exterior, muito mais do que a defesa do mercado interno, tem o poder de renovar e perpetuar a necessidade das empresas de atualizar produtos, elevar a produtividade e reduzir custos, o que as tornam prisioneiras do progresso técnico e da inovação. O Brasil já há muito tempo não prioriza o mercado externo em seus programas de desenvolvimento e, com isso, tornou inevitável o relativo atraso de suas empresas, que somente agora parece estar sendo reduzido.