O Governo Federal divulgou, nesta terça-feira (13), por meio da
portaria 274, a lista das Universidades Federais que receberam autorização para criar 420 novas vagas para cursos de medicina no interior do país. Ao todo, oito cursos de instituições do Nordeste, Sudeste e Centro-oeste do país serão contemplados.
A expansão na formação médica faz parte de uma série de medidas estruturantes que integram o programa Mais Médicos, com foco na diminuição da carência de profissionais médicos no país e na expansão do atendimento no Sistema único de Saúde (SUS). Pelo programa, serão criadas 11.447 novas vagas de medicina e 12.372 vagas de residência até 2017.
As 420 novas vagas serão oferecidas já a partir segundo semestre deste ano. O Nordeste é a região que mais receberá vagas, com um total de 240 vagas a serem oferecidas por cinco instituições. Outras 60 serão abertas no Sudeste e 120, no Centro-Oeste.
No Nordeste, as unidades de ensino vão oferecer os cursos em Paulo Afonso, Teixeira de Freitas e Barreiras, na Bahia; Parnaíba, no Piauí, e Caicó, no Rio Grande do Norte. No Sudeste, em Teófilo Otoni, Minas Gerais. No Centro-Oeste, em Jataí, Goiás, e em Três Lagoas, Mato Grosso do Sul.
Ampliação de vagas – Além de instituições públicas, a expansão de vagas também será implementada em universidades particulares. Conforme preveem as regras do programa Mais Médicos, essas instituições de ensino precisam estar em localidades que atendam à necessidade social da oferta de curso de medicina, além de contar estrutura de equipamentos públicos e programas de saúde no município.
O Ministério da Educação já pré-selecionou 49 municípios aptos para expansão que estão recebendo visitas técnicas para verificação do cumprimento dos critérios pré-estabelecidos. As cidades contempladas estão distribuídas em 15 estados das cinco regiões do país e podem ser acessada pela Portaria nº 731.
Mais Médicos – Lançado em julho de 2013 pela presidenta Dilma Rousseff, o Programa Mais Médicos faz parte de um amplo pacto de melhoria do atendimento aos usuários do SUS, com o objetivo de aperfeiçoar a formação de médicos na Atenção Básica, ampliar o número de médicos nas regiões carentes do país e acelerar os investimentos em infraestrutura nos hospitais e unidades de saúde.
Os profissionais do programa cursam especialização em atenção básica, com acompanhamento de tutores e supervisores. Para participar da iniciativa, eles recebem bolsa formação de R$ 10,4 mil por mês e ajuda de custo pagos pelo Ministério da Saúde. Em contrapartida, os municípios ficam responsáveis por garantir alimentação e moradia aos participantes.
Além da ampliação imediata da assistência em atenção básica, o Mais Médicos prevê ações estruturantes voltadas à expansão e descentralização da formação médica no Brasil.
Fonte: Blog da Saúde