Manter a qualidade nos serviços assistenciais de uma instituição de saúde é uma prioridade que vem ganhando força dentro do corpo assistencial dos hospitais. Um dos fatores que contribuíram para isso no Brasil foram as acreditações e a criação de novas resoluções que visam a segurança do paciente.
Durante o XV Congresso brasileiro de qualidade em serviços de saúde, promovido pela Adh Centro universitário São Camilo, o advogado argentino, vinculado à instituição, Miguel Secchi, falou sobre os custos para instituições de saúde em não manter políticas e processos de qualidade em suas instalações.
Para o Secchi, além da perda de credibilidade e clientes, tanto médicos quanto pacientes, os impactos financeiros podem ser significativos, podendo atingir a casa dos milhões de dólares, principalmente para grandes instituições. “A qualidade em saúde se refere a: atingir níveis de gestão eficiente, comprometer equipes na prevenção de patologias e respeitar as condições de trabalho dos profissionais de saúde, não excedendo seus limites para evitar erros”.
Secchi afirma que, para obter o êxito na gestão e qualidade nos serviços de saúde é necessário atender alguns princípios básicos, como estabelecer processos de avaliação, por meio de estudos de benchmarking, para estabelecer os melhores processos baseados na experiência da própria instituição. Além dos estudos, os processos de certificação e padronização também são importantes para evitar ruídos na comunicação e cotidiano da instituição. “Para colocar esta qualidade em prática é necessário mudar a cultura das organizações e das pessoas, caso contrario não há campanha que surta efeito”.
Outro movimento em prol da melhoria da qualidade apresentado por Secchi foram metas da Joint Commission que envolvem uma série de melhorias no ambiente hospitalar como a identificação do paciente, comunicação entre equipes, redução da infecção hospitalar, o estabelecimento de metas nacionais ligadas à segurança do paciente e a integração das equipes assistenciais na atenção ao paciente.
“A enfermagem deve participar dos debates sobre qualidade, auxiliando na busca por soluções nos problemas assistenciais do hospital. Além disso, enfermeiros, médicos e administradores, que possuem visões diferentes sobre o mesmo tema, devem discutir o processo de qualidade e ouvirem uns ao outros para chegar a um consenso”, conclui Secchi.
Fonte: Saúde Web