Cresce número de usuários, mas operadoras reduzem leitos

Cresce número de usuários, mas operadoras reduzem leitos

Números divulgados pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) mostram que, ao longo dos últimos três anos, ao mesmo tempo em que aumentou o número de usuários do setor de saúde privada, houve diminuição do número de leitos. De setembro de 2009 até o mesmo período de 2011, o número de contratos de plano de saúde cresceu 13,5%, passando de 41,4 milhões para 47 milhões. Em contrapartida, os leitos caíram em 10,45%, de 511,6 mil a 458,1 mil (somadas as redes pública e privada). “As operadoras venderam mais planos em comparação com o número de leitos. Essa é a realidade”, afirma Dante Montagnana, presidente do Sindicato dos Hospitais de São Paulo (Sindhosp). 
Segundo Montagnana, esse é um problema que deve ser solucionado pelas empresas, e não pelos hospitais. E a ANS deveria sentar com as operadoras e resolver isso. E afirma que a ANS não regulamenta a parte de leitos que as operadoras de saúde oferecem. O grande problema, principalmente na cidade de São Paulo, como explica o presidente do Sindhosp, foi o fechamento de hospitais.
Para ele, muitas operadoras de plano de saúde que tinham hospitais próprios foram liquidadas. E esses espaços estão inoperantes. Além disso, novos segurados ingressaram no setor. As classes C e D cresceram e as operadoras estão facilitando o pagamento para um plano popular.
De acordo com a Associação Brasileira de Medicina de Grupo (Abramge), o número de leitos no Brasil caiu por razões alheias aos convênios médicos, embora isso não tenha prejudicado os consumidores. O presidente da Abramge, Arlindo de Almeida diz que muitos hospitais acabaram fechando, mas em São Paulo novos leitos foram construídos. E pode haver um local onde faltem leitos, mas isso é pontual.
Já a Federação Nacional de Saúde Suplementar (FenaSaúde), que representa as 15 maiores operadoras, informa, com base no Ministério da Saúde, que o número de hospitais credenciados aos planos privados de saúde cresceu 9,7%, entre maio de 2010 e maio de 2011. A ANAHP (Associação Nacional de Hospitais Privados) projeta que haverá um crescimento de 10% na rede hospitalar privada até o fim de 2012.
Fonte: Saúde Web

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