O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, anunciou na última quarta-feira, dia 11, que o Brasil será responsável pela produção de 19 itens considerados estratégicos para o SUS (Sistema único de Saúde). O país produzirá 15 equipamentos e quatro medicamentos, usados principalmente em tratamentos cardíacos e renais.
De acordo com o ministério, a expectativa é que a produção desses itens atenda às áreas oftalmológica, oncológica, de transplante e diagnóstico e monitoração, além de gerar aos cofres públicos uma economia de R$ 5,5 bilhões. Essa redução de gastos deve acontecer porque a importação de produtos pode custar entre 14% e 25% do valor total da mercadoria.
Para que esses produtos possam ser desenvolvidos foi necessária a criação de parcerias com laboratórios públicos e privados para consolidar a “segurança sanitária” no país, ao garantir o acesso de pacientes que precisam de tais medicamentos.
Segundo Padilha, as parcerias permitem construir uma indústria inovadora, com grande produtividade, incorporação tecnológica e, ao mesmo tempo, ampliar o acesso da população aos produtos.
Ainda de acordo com o ministro, os equipamentos que fazem parte das parcerias firmadas, abrangem dois para hemodiálise – filtro dialisador e máquina – que, sozinhos, vão permitir uma redução de R$ 108 milhões por ano em gastos do SUS. Já no campo da cardiologia, as parcerias incluem a fabricação de marcapassos, eletrodos, stentscoronários e arteriais, desfibriladores e cateteres.
Um balanço feito pelo Ministério da Saúde estima que os produtos fabricados no país geram economia de R$ 4,1 bilhões por ano ao governo. Os primeiros itens a serem produzidos pelas parcerias serão aparelhos auditivos e DIU, que já estão prontos e começarão a ser distribuídos em 2014.
Em breve o Ministério da Saúde disponibilizará em seu site a lista completa de itens que serão produzidos no país.