A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) concedeu recentemente a autorização para que o pazopanibe (Votrient.), da GlaxoSmithKline (GSK ,medicamento indicado para o tratamento de pacientes com carcinoma de células renais (CCR), se tornasse acessível aos brasileiros.
Segundo a instituição o produto tem a capacidade de reduzir significamente a progressão do tumor ou risco de morte em 54% dos casos de pacientes com esse tipo de câncer. Acredita-se que a aprovação do registro do pazopanibe (Votrient) no país marca um grande avanço no tratamento do câncer renal, já que este tipo de câncer é altamente resistente à quimioterapia e uma parte dos pacientes não obtém resposta com o uso de medicamentos já conhecidos, como as citocinas. Além disso, por ser uma terapia oral e de administração mais conveniente, o medicamento dispensa a necessidade do paciente ir ao hospital para receber o tratamento.
Dados informam que o pazopanibe é um medicamento produzido por biotecnologia e atua interrompendo os sinais que as células cancerosas emitem para crescer e se proliferar. Constitui em um inibidor multialvo da enzima tirosina quinase (TKI) que atua sobre receptores dos fatores de crescimento presentes nas células.
Um estudo realizado pela empresa fabricante do remédio em 435 pacientes com câncer renal avançado e ou metastático demonstrou que o pazopanibe quando comparado ao placebo, determinou um aumento significativo do tempo de sobrevida livre da progressão da doença, 9,2 versus 4,2 meses respectivamente.
Naqueles pacientes que não haviam recebido outro tratamento prévio para câncer renal avançado e/ou metastático, o resultado do medicamento teria sido ainda melhor, determinando um tempo de sobrevida livre de progressão de 11 meses, comparado ao placebo que foi de 2,8 meses. Os autores do estudo concluíram que o medicamento é capaz de reduzir a progressão de um tumor ou o risco de morte em 54% se comparado ao placebo e a taxa de resposta global para pacientes tratados com o pazopanibe foi de 35%.
A empresa completa dizendo que o mesmo estudo apontou que o tratamento com pazopanibe não determinou impacto negativo sobre a qualidade de vida do paciente, quando comparado ao placebo. O que reforça a segurança e a boa tolerabilidade do medicamento, fator crítico para o sucesso do tratamento contra o câncer, já que é sabido que muitas vezes os efeitos colaterias de um medicamento, como alguns quimioterápicos, pode comprometer significativamente o sucesso e a adesão do paciente ao tratamento.