De 2.891 recém-formados em medicina no Estado de São Paulo, 55% não conseguiu atingir o mínimo necessário de acertos, que é de 60%, no exame do Conselho Regional de Medicina (Cremesp) de 2014.
Apesar da prova ser obrigatória há três anos para quem quer trabalhar como médico no Estado de São Paulo, o registro na profissão não depende da nota, e sim de sua realização, o que poderia sugerir que muitos não levaram o exame a sério.
O índice de reprovação de 2014 é ligeiramente menor que o de 2013, em que 59% dos candidatos foram reprovados. Ainda assim, é considerado preocupante pelo conselho, que culpa a baixa qualidade da formação médica pelo resultado, além de defender um exame nacional que condicione a emissão do registro ao desempenho do profissional e estuda adotar um monitoramento anual dos reprovados no exame.
As áreas de conhecimento com o maior número de erros foram: clínica médica, ciências básicas e pediatria, justamente aquelas nas quais os recém-formados que não passam na prova de residência vão atender em pronto-atendimentos ou pronto-socorros.
Os alunos que tiveram o melhor desempenho no exame são provenientes de escolas públicas. O índice de reprovação nelas foi de 33%, enquanto em escolas particulares chegou a 65,1%. Vinte das trinta escolas médicas não atingiram a pontuação mínima, e a maioria é privada. Das dez restantes, que tiveram desempenho aceitável, sete são públicas.