Para os gestores hospitalares, o segundo trimestre do ano é um período decisivo quando falamos em custo hospitalar. É quando os reajustes da ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar) começam a sinalizar seus impactos, a tabela de preços da CMED é atualizada e os orçamentos precisam ser revistos com atenção. Tudo isso coloca o setor em estado de alerta, já que decisões tomadas agora podem comprometer (ou salvar) os resultados do segundo semestre.
E um ponto crítico é que boa parte dos hospitais ainda enfrenta esse cenário com planilhas manuais, controles paralelos e dados desconectados. O resultado? Uma gestão de custos frágil, com pouca previsibilidade e pouca força nas negociações com operadoras e fornecedores, o que enfraquece a sustentabilidade financeira da instituição.
Mas é possível mudar esse panorama — e alguns hospitais já estão no caminho. Conversamos com dois profissionais da Santa Casa de Tietê para entender como essa transformação pode acontecer na prática: Aguinaldo Costa, responsável pela área de Informática, e Khaled El Kraydli, responsável pelo setor de Custos.
Eles compartilharam como estão estruturando a gestão de custos da instituição e quais aprendizados podem inspirar outras equipes a evoluírem neste momento crítico do ano.
Aguinaldo – Porque, neste momento, já começamos a olhar para o segundo semestre e percebemos que tudo está se movimentando: tem reajuste da ANS, mudança de preços de medicamentos, e o orçamento precisa ser revisto. É um período que exige atenção redobrada, porque qualquer decisão agora pode impactar bastante lá na frente. Maio é aquele mês que acende o alerta.
Khaled – Sim, esse movimento já começou. A maioria dos hospitais está revendo os números e avaliando os impactos. No nosso caso, estamos analisando os dados dos últimos 12 meses para montar o orçamento de 2025 com mais segurança e coerência com a realidade.
Khaled – O principal indicador que utilizamos hoje é baseado no custo direto de cada setor. Ele permite comparar o valor orçado com o valor realmente executado. Esse indicador se tornou o mais estratégico, porque mostra com clareza onde estão os maiores gastos e nos ajuda a buscar soluções para otimizar os custos.
Aguinaldo: Isso ainda é comum por uma questão de hábito e também pela falsa sensação de simplicidade no dia a dia. Mas, com o tempo, os erros acabam aparecendo. Um número digitado errado, uma fórmula que não atualizou… e todo o planejamento pode ser comprometido.
Khaled – A perda acontece em todas essas áreas. Mas o planejamento, sem dúvida, é o mais prejudicado. Sem dados confiáveis, fica difícil entender o cenário real. E sem entender o que está acontecendo de fato, as decisões acabam sendo feitas no escuro — o que afeta diretamente as negociações, a margem e a sustentabilidade do hospital.
Aguinaldo – A tecnologia é uma grande aliada. Quando os dados estão organizados e integrados, é possível enxergar cenários, testar possibilidades e negociar de forma mais eficiente. Quando há um sistema de gestão hospitalar, conseguimos ter mais segurança e controle.
Khaled – A estruturação foi feita passo a passo, com muito foco em análise e rotina. Setor por setor, passamos a comparar o orçado com o executado, criando uma cultura de acompanhamento real dos números. Um exemplo prático foi a identificação de setores que apresentavam gastos acima do previsto. Com esse dado em mãos, foi possível conversar com as equipes, entender as causas e fazer os ajustes necessários. Isso trouxe resultados consistentes e mais controle sobre o que estava sendo feito. E agora estamos dando mais um passo importante.
Khaled – Claro! Estamos implementando o módulo de custo por paciente. Com ele, será possível, por exemplo, apresentar com precisão o custo real de cada atendimento, o que traz muito mais força e clareza nas negociações.
Khaled – O principal conselho é: não deixe para depois. Reunir as informações com antecedência, analisar com calma e envolver as equipes certas no processo faz toda a diferença. E, se for possível, investir em tecnologia. Ela trará um nível de precisão que pode transformar a forma como os custos são controlados e apresentados.
O que a Santa Casa de Tietê vem fazendo é o que toda instituição de saúde deveria começar a fazer: sair do controle manual e avançar para uma gestão de custos estruturada, confiável e integrada.
A Wareline oferece soluções que apoiam essa transformação — como o módulo de custo por paciente, que permite visualizar o custo real de cada atendimento com precisão, e painéis analíticos que ajudam gestores a cruzarem dados, simularem cenários e se anteciparem às mudanças do mercado.
Isso não apenas melhora o controle financeiro, mas fortalece o hospital nas negociações e amplia sua capacidade de planejamento. Em um momento em que os custos estão sob pressão e o segundo semestre bate à porta, priorizar essa transformação pode ser o diferencial entre reagir às mudanças ou liderar com estratégia.
Quer saber como podemos ajudar seu hospital a dar esse passo importante? Fale com a gente e conheça nossas soluções!